PH Mazza retorna com uma proposta ousada no single Kapusta Golema, lançado em 15 de novembro. O carioca entrega uma combinação teatral que remete tanto ao clássico The Rocky Horror Picture Show quando às nuances do piano brilhante de Elton John. Versatilidade e imaginário alto se destaca na faixa instrumental.
Ainda com pequenos detalhes que vem de David Bowie e Tom Waits, PH Mazza deixa de lado os vocais para explorar o território instrumental, cheio de experimentações. Aliás, a faixa é cheia de timbres sintetizados, com direito à tímpanos, dulcimer e metais. Caso a pessoa tenha uma sinestesia em si, pode apostar: É tudo colorido e brilhante na sonoridade de Kapusta Golema.
Como um atentado provocativo, a presença performática – que já é algo carimbado nas apresentações de Mazza – mostra um desenvolvimento único, se desenrolando como uma pequena narrativa musical, apesar da falta da letra. E isso não é um problema.
O maior pensamento esdrúchulo que você ter, pode ter certeza, que se encaixa no imaginário que a faixa te faz ter. Riff de órgão, bateria forte, guitarra gritante, como um épico apoteótico explosivo, a faixa entrega.
Dentro do glam, a faixa procura novas linguagens. O glam não morreu no início da década de 1970. E se morreu, deve sim ser invocado com toda a força. Kapusta Golema é uma dessas invocações endiabradas. PH Mazza encontra-se totalmente possuído!
