Jay Som revela inspirações do novo álbum indie ‘Belong’

Belong marca o retorno solo de Melina Duterte seis anos após o álbum anterior, agora impulsionado por colaborações externas e referências que vão do rock alternativo à televisão.

Produzido ao lado de Joao Gonzalez, Mal Hauser, Steph Marziano e Kyle Pulley, o quarto disco traz vozes de Hayley Williams (Paramore), Jim Adkins (Jimmy Eat World) e Lexi Vega (Mini Trees). A abertura do processo partiu da faixa “Float”, criada já com a guitarra de Adkins e guiada pela memória de “Bleed American”, álbum que Duterte comprou na adolescência em uma seção de CDs da Barnes & Noble.

O cotidiano em Atwater Village, bairro de Los Angeles onde ela vive desde 2020, também moldou o projeto. Entre sessões no estúdio caseiro instalado no sótão, caminhadas com o cachorro e a convivência com músicos vizinhos, a compositora diz ter passado por uma “segunda puberdade musical”, refinando técnicas de gravação antes de transferir parte do trabalho para estúdios em Nashville e Filadélfia.

Outras inspirações vieram da cultura pop. A trilha sonora de The O.C. reacendeu o gosto por indie rock californiano; já o álbum “trip9love???” de Tirzah estimulou experiências mais repetitivas e atmosféricas na segunda metade do disco. Por fim, a série alemã Dark, revisitada duas vezes por Duterte, influenciou a construção de climas densos e narrativas com reviravoltas.

Entre 2019 e 2024, mesmo longe da carreira solo, Duterte coassinou álbuns de Tenci, Living Hour, Fenne Lily e Chris Farren, além de produzir “the record”, do boygenius, e “Forever Is a Feeling”, de Lucy Dacus. Agora, com “Belong”, ela volta ao centro do palco, unindo nostalgia e experimentação em 11 faixas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima