Björk removeu todo o seu catálogo das plataformas de streaming em Israel após aderir à campanha No Music For Genocide, iniciativa que conclama artistas a boicotar o mercado israelense em resposta à crise em Gaza.
Com a decisão, faixas e álbuns da cantora islandesa deixaram de aparecer no Spotify e na Apple Music para usuários no país, segundo noticiou o jornal The Times of Israel em 21 de setembro. Ela se soma a mais de 400 artistas que já ajustaram manualmente as áreas de distribuição ou solicitaram bloqueio geográfico a selos e distribuidoras.
A coalizão pressiona os conglomerados Sony, Universal Music Group e Warner a repetir em Israel o bloqueio que aplicaram à Rússia um mês após a invasão da Ucrânia. Entre os nomes que já participam estão Massive Attack, Fontaines D.C., Paramore, Japanese Breakfast e King Krule.
Em comunicado, o movimento afirmou que a cultura “não para bombas sozinha, mas pode rejeitar a repressão política e negar a normalização de crimes contra a humanidade”. Segundo o texto, a campanha integra um esforço global para “minar o apoio necessário à continuidade do genocídio”.
Björk já havia manifestado apoio aos palestinos em novembro de 2023, quando publicou mapas da região desde 1946 com a legenda “É isso que chamam de compartilhar?”. A artista também coleciona protestos políticos anteriores, como o apoio à independência do Tibete declarado em show em Xangai em 2008.



