Billy Corgan colocou o Joy Division no topo da história do rock ao afirmar, em um episódio do canal Track Star (via NME) divulgado em 30 de novembro, que apenas os Beatles superam os britânicos em importância para a música do século XX.
Ao ser provocado sobre bandas históricas, o líder do Smashing Pumpkins reagiu imediatamente quando ouviu os primeiros segundos de “Disorder”, faixa que abre Unknown Pleasures. “Há vinte anos digo que, fora os Beatles, o Joy Division é a banda mais influente do rock”, declarou. Para ele, o quarteto de Manchester “cristalizou o pós-punk” e estabeleceu um modelo seguido por “centenas de grupos”, ainda que muitos nunca tenham conseguido reproduzir seu minimalismo característico.
Corgan ressaltou que o repertório de Ian Curtis e seus parceiros não nasceu com ambições pop — embora tenha rendido um hit mundial, “Love Will Tear Us Apart”. Na visão do músico, a real influência do Joy Division está menos em referências diretas e mais na combinação de produção econômica e atmosfera sombria, algo bem diferente do tipo de impacto exercido pelos Beatles.
A relação de Corgan com o universo Joy Division/New Order vem de longa data. Em 2001, ele gravou vocais para “Turn My Way” e chegou a participar de uma breve turnê com o grupo liderado por Bernard Sumner. Desde 2015, o baixista de apoio do Smashing Pumpkins é Jack Bates, filho de Peter Hook, fundador do Joy Division.
Hoje, os Pumpkins ocupam o Lyric Opera House, em Chicago, para sete apresentações com uma orquestra de 60 músicos, revisitando Mellon Collie and the Infinite Sadness. A banda também lançou uma edição deluxe de 30 anos do álbum, em caixa com seis LPs e mais de 80 minutos de gravações inéditas da turnê de 1996.



