Pain To Power chega às lojas em 12 de setembro de 2025, marcando a estreia em longa duração do quarteto jazz punk de Manchester pela gravadora Music For Nations.
Conhecidos pelas apresentações intensas que já lotaram casas de 1,5 mil lugares no Reino Unido e renderam turnês pela China, Japão e 38 cidades europeias, Harry Wilkinson (voz e guitarra), Josh Neveu (saxofone), Matt Buonaccorsi (baixo) e Jacob Hayes (bateria) canalizam raiva, desespero e afeto em oito faixas que somam pouco mais de 50 minutos.
Três músicas ultrapassam a marca dos dez minutos, refletindo a confiança ganhada após o EP improvisado “Tír na nÓg”, lançado em fevereiro. O sax de Neveu se choca com paredes de ruído em “Break The Tension”, onde Wilkinson berra “Hands on the throat” para denunciar injustiças sociais. Em “Trenches”, o vocalista usa poesia motivacional para defender o poder da autoconfiança: “No revolution if you don’t think you’re a revolutionary”.
O lado mais afetuoso surge em “Saoirse”, que menciona o conflito na Palestina e lembra que “as diferenças nos tornam belos”, e em “Reconcile”, balada jazzística que culmina num clímax distorcido ao repetir “We are love in abundance”. Já “Look Down On Us” e “The Invisible Man”, conhecidas dos palcos, reaparecem com arranjos expandidos.
“Pain To Power” não promete mudar o mundo sozinho, mas a banda insiste que a transformação coletiva começa pela emoção. A mistura de improviso jazzístico com urgência punk consolida o Maruja como uma das vozes mais combativas da cena alternativa britânica.



